quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vire a direita... ou não!


A mais nova onda nas indústrias automobilísticas é o GPS, o sistema que auxilia ao motorista a chegar ao destino por um caminho mais rápido, mas gostaria de lembrar que o sistema considera a menor distância entre dois pontos, sem considerar por onde passará.
Isso porque moramos em uma cidade muito peculiar, diferente do resto do mundo, onde a riqueza e a pobreza dão as mãos, vivem lado a lado, e é aí que mora o problema, pois as GPS´s não consideram áreas de risco, ou seja, vire á direita e... parabéns, você acaba de entrar no Borel, ou na Vila do João ou em qualquer lugar, pois no Rio isso é o que não falta!
Então, comprador, tome bastante cuidado com a sua nova aquisição, pois o seu belo carro pode estar te levando para um lugar não muito agradável aos olhos da classe média. Quando escutar uma voz dizendo “perdeu playboy... perdeu”, não olhe para o painel de seu automóvel assustado, pois não há defeito nenhum, é apenas um assalto em um local que não foi previsto pela tecnologia!
Caso como esse ocorreu na segunda-feira, com um grupo de noruegueses que entrou na favela Nova Holanda seguindo a orientação do GPS. Eles tiveram o carro baleado e o motorista foi atingido no ombro. Portanto, como dito acima, não confie fielmente na maquininha da voz que tudo sabe, pois ela não sabe tanto assim!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Polêmica de volta!


Semana passada, no dia 20/11 (dia da consciência negra por ser o dia que Zumbi dos Palmares, líder da resistência durante a escravidão, foi assassinado), foi aprovado o projeto que faz faculdades federais reservarem 50% de suas vagas para negros (25%) e estudantes de escolas públicas (25%).
Mas será essa é a melhor solução? Será a solução mais justa? Não seria melhor modificar a base, ou seja, melhorar as escolas de ensino fundamental e médio? O que nós esquecemos é que não interessa aos nossos governantes criar contestadores desde cedo, fazer nossos jovens pensarem no que está errado. Para eles, é melhor fazer algo quando o cidadão já está formado, e perpetuar essa mediocridade com ações paliativas, para assim não haver mudanças reais em nosso país e os mesmos continuarem “mandando”.
O pior é que nem mesmo o Senado sabe o que aprovou devido à complicação que o texto do projeto gera quanto ao critério que prevalecerá.
A verdade é que mais uma lei confusa e polêmica será implementada, e nos resta saber se será útil, mas torcemos que esta seja um sopro de um país mais justo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Com isso, nem ele sonhou...


O “ele” a que se refere o título é Martin Luther King Jr. (1929 – 1968), pastor e líder político estadunidense que na década de 50 protestou contra o quadro de racismo que havia em seu país.
Lutou pela igualdade entre brancos e negros e em seus discursos dizia uma frase que ficou eternizada: “I have a dream...” (em português: “eu tenho um sonho...”). Organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei estadounidense com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964), e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).
Assassinado em 1968, um dos acontecimentos que marcou esse ano apelidado de “o ano que não acabou” devido aos vários fatos relevantes que aconteceram, infelizmente não pode ver o que talvez nem ele, por mais que sonhasse, pensou que aconteceria um dia: o Estados Unidos da América elege um presidente negro, Barack Obama.
No dia 04/11/2008 uma nação com uma das histórias mais segregacionistas, prova disso foi o próprio preconceito sofrido por Martin Luter King, ou ainda a Ku-Klux-Klan (organização terrorista que perseguia negros) entre outros relatos, anuncia oficialmente que o vencedor das eleições presidenciais desse ano foi um negro, filho de uma norte-americana e um queniano, fruto de um relacionamento durante a décade de 50, citada no começo do texto.
A história se encaixa e uma onda de esperança tomou o país, que compareceu em peso às urnas e levou seu candidato preferido à Casa Branca.
Guardadas as devidas proporções, podemos comparar a onda que assolou os EUA nesses últimos meses como ao que aconteceu no Rio a favor de Gabeira, com um final diferente, mas com o mesmo desejo de mudança.
O slogan “change – we can believe in” (em português: “mudança – nos podemos acreditar”) foi atendido. Agora é aguarda-las!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tupi or not tupi


Hoje, dia 31/10/2008, andando pelas ruas vejo muitas crianças de preto, e não estavam indo para o movimento pró-democracia, os gliteers e chapéus pontudos acusavam que iam para uma festa de halloween!
E ai vem a pergunta: será que o Brasil, de uma cultura tão rica e interessante, precisa cultuar festas e personagens estrangeiros? Será que não devemos reverenciar caipora, Saci-Pererê, curupira, entre outras “celebridades” de nosso folclore?
A cada dia vemos festas tradicionais brasileiras, como a festa junina, onde escutamos os forrós e lambadas, comemos canjica, paçoca, pé-de-moleque, entres outras iguarias típicas de nosso país, ficando vazias, enquanto festas como as que comemoram o dia de hoje, ou seja, que não tem nada a ver com a nossa cultura, ganhando espaço em nossa sociedade.
Temos que exaltar o Brasil em nossas escolas com festividades onde se mostre desde o boto cor-de-rosa até o boi-bumbá e deixar de lado fantasias de bruxas e abóboras.

VIVA A CULTURA NACIONAL
VIVA O BRASIL

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Prefeito novo e, rezar para um Rio de cara nova


Bem, tivemos no domingo, dia 26/10, as eleições do segundo turno em muitos municípios brasileiros. Aqui no Rio de Janeiro, a vitória foi de Eduardo Paes (PMDB), da coligação “unidos pelo Rio” (PMDB/PTB/PP/PSL), na talvez menor diferença de uma eleição, apenas 1,66%. Mas, ao mesmo tempo, o Rio, no segundo turno de 2008, teve a vergonhosa segunda colocação em termos de abstenção, 20,25%, perdendo apenas para São Luis do Maranhão, que teve em torno 21%. E, na minha modéstia opinião, esse percentual se deve em parte ao feriado de segunda-feira, ou seja, o carioca, que já tem fama de preguiçoso e vagabundo, trocou o voto pelo dia de praia e sol e outros lugares que não a nossa cidade!
Mas, uma coisa não se pode negar, é que em momento algum a eleição deixou de ser democrática, pois, por mais que forças políticas tentassem desarticular a votação no Rio de Janeiro, como a antecipação de um feriado, só não votou quem não quis. Viajar é uma opção de cada um, e algumas pessoas, que se dizem cariocas (não podemos considerá-las a partir do momento que ‘lavaram as mãos’ para um ato de suma importância, que é o de votar), resolveram simplesmente deixar que quem ficasse na cidade decidisse por elas o futuro do Rio. Não há como afirmar se, caso os 900 mil eleitores votassem, isso iria mudar o resultado final. Lógico que apoiadores do Gabeira dirão que sim, enquanto os de Eduardo Paes, não, mas essa briga tem que ser superada e agora é olhar para frente.
O que nos resta, gostando ou não do vencedor, é torcer para que sua gestão seja boa para o Rio e fazer nosso papel de cidadão, que é o de cobrar o prometido durante a campanha. E, para você leitor, aí vai uma ajuda: copie o endereço a seguir em seu navegador [http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2008/mat/2008/10/26/as_principais_promessas_feitas_por_eduardo_paes_durante_campanha-586132651.asp.]imprima, guarde, cobre e, assim, faça do Rio de Janeiro uma cidade bem melhor!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

E mais um final (in)esperado...


Convivemos semana passada com a angústia e tensão do maior seqüestro em cárcere privado do Brasil, o caso da menina Eloá, e, para variar, o final foi mais uma vez trágico.
Há cerca de um ano, o filme “Tropa de elite” foi um sucesso e um dos temas centrais do longa era a rigidez dos testes aos que os policiais eram submetidos para ingressar no BOPE. Quem viu a produção pensou que talvez aquela fosse a polícia mais preparada que poderia haver. No entanto, no caso do ônibus 174, o que se viu foi um desastre, onde o término foi a morte da refém por um integrante do BOPE e, depois, do próprio seqüestrador, também morto pelos policiais deste grupo especial.
No último dia 13, em São Paulo, um jovem de 22 anos chamado Lindemberg invadiu uma casa e fez duas meninas de 15 reféns. Na terça-feira, em troca de ter a luz elétrica do prédio onde mantinha o cárcere, libertou umas delas, a jovem Nayara, e pasmem, a polícia coloca a refém dentro do apartamento na quinta-feira (talvez o Brasil seja o único lugar do mundo onde uma refém após ser libertada volte ao cativeiro, e com o total apoio da polícia). Na sexta, o seqüestro tem um fim, e você deve ter ficado aliviado com a notícia, sem saber o que vinha depois: as duas meninas foram feridas e uma delas fatalmente, em uma operação desastrada do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais).
O crime durou cinco dias, nesses com constantes aparições na janela, inclusive de Lindemberg, com contatos com o exterior do apartamento para pegar comida e, como o rapaz não era biônico, acredito que com noites de sono dos que estavam lá dentro. E a polícia, o que fez durante tanto tempo e tantas oportunidades? NADA!
Não consigo entender porque tanto treinamento, disciplina e táticas especiais para um final patético como o que houve, em que eles não conseguiram nem prever que talvez houvesse uma barricada atrás da porta, onde um policial demorou um bom tempo para subir uma escada e quase não consegue entrar pela janela. Para completar o circo, não conseguiram tirar as reféns sãs e salvas.
Talvez todo o nervosismo da população fosse justificado. Prevíamos talvez o que aconteceria; sabíamos que se não contássemos com a boa vontade de Lindemberg e dependêssemos unicamente da estratégia da polícia e do GATE, o final era anunciado.
Esperamos que esse caso sirva de aprendizado, e que eles aprendam rápido, porque não queremos mais vidas em jogo!
Ás vezes, o destino é realmente irônico tanto quanto cruel. Minutos antes de publicar esse texto, soube que o pai de Eloá é um foragido da polícia, por ser acusado de assaltos e homicídios enquanto integrava uma milícia em Maceió. É, caro leitor, como as coisas acontecem...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Direto do túnel do tempo...


Para os amantes de história que não se agüentam e ficam super curiosos em saber como foi a crise de 1929 (a quebra da bolsa de Nova Iorque) e a grande depressão de 30 no mundo capitalista, sua espera a-ca-bou!! Você está bem no meio do que pode ser a maior crise econômica da história!
A quebradeira que começou há algumas semanas nos Estados Unidos ganhou ar de dramaticidade quando o Parlamento não aceitou a injeção de dinheiro que o governo iria dar nos bancos. Fez com que o até mesmo o presidente da hoje maior potência do mundo fosse à imprensa implorar a seus parlamentares.
A crise atual é tão alarmante que até mesmo as ações desse blog caíram cercade 18%, que corresponde a alguns milhões de dólares, mas nada que não se recupere vendendo pães-de-ló caseiros por algum tempo.
E para você que ouviu o presidente Lula dizer qua a crise não iria atravessar o Atlântico (apesar de entre nós e os EUA não existir nenhum oceano!), comece a se preocupar, pois hoje, ao lado do querido presidente Chavez, o discurso já foi outro e um pouco mais cauteloso.
Bem, não venderei minha parte do Google nem da Microsoft, pois essa não é a melhor época, mas estarei torcendo que a situação não faça o capitalismo ruir como um castelo de cartas, assim como há 79 anos.

domingo, 28 de setembro de 2008

Campanha


Estou criando uma campanha pró-votos, ou seja, a favor de que as pessoas, no próximo domingo, levantem de suas camas com o intuito de melhorar a sua cidade! Você
(e)leitor que votará no próximo fim de semana, não jogue o seu voto fora, não pense que anular a sua maior arma de reivindicação mudará alguma coisa.
Primeiro que só serão computados os votos válidos (o seu voto nulo não entrará na contagem) e segundo que é o seu papel de cidadão, e o meio pelo qual podemos ser um agente de mudança.
O direito ao voto, para chegar como nos dias de hoje - não importando se é homem ou mulher, negro ou branco, rico ou pobre -, demorou e passou por muitas Constituições. Então vamos nos conscientizar e provocar uma transformação em nossos municípios.

"Ideologia, eu quero uma pra viver..." (Cazuza)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Povo brasileiro...


Interrompemos nossa programação... bem, eleições chegando e já há algum tempo ouvimos essa frase, que vem justamente na hora que os trabalhadores brasileiros podem assistir a seus programas, e a primeira coisa que chega aos nossos ouvidos é a famosa "Você me conhece...", e nos dá a maior vontade de responder: "Não, não te conheço não, por sinal, nunca nem ouvi falar de você!". E por 30 minutos somos obrigados a escutar verdadeiras besteiras, como vereadores querendo dar jeito em hospitais federais, alguns com relações que até agora não entendi como o "Quem tem fé, vota Nazaré" (gostaria de saber porque a pessoa com fé tem que votar Nazaré?), que são a favor de algumas minorias como o que representará os homossexuais, outro os taxisistas, os pipoqueiros, os bicheiros e por aí vai - o negócio está tão complicado que chagaremos ao ponto de ter cotas na Câmara - e ainda os que prometem até que mudarão o mundo (talvez achem que estão se candidatando para a vaga de Deus).
Em algumas apresentações, o que vem de imediato em nossas cabeças é a pergunta: "E daí?", como o candidado que diz "Já morei em vários cantinhos desse Rio" e você, no conforto de seu lar rebate, "E eu com isso?". Ou ainda o vice de um dos candidados a prefeito que fala "Você sabe o que eu fiz pelo Brasil", e enquanto isso na tela mostra o indivíduo levantando a Taça do Mundo de 70 - algo que não tem nada a ver com o intuíto do voto. Queria saber se ele entendeu que será vice-prefeito e não técnico da seleção brasileira.
Mas é bom lembrar que temos pessoas competentes e sérias se candidatando e dia 05/10 temos que dar nosso voto com consciência para um Rio melhor!

Temos coisas melhores


E mais um filme nacional pode concorrer ao Oscar, a maior premiação para uma produção cinematográfica, deixando todo mundo muito orgulhoso! Mas será que não reparamos que o único tipo de filme que o nosso belo país, conhecido no mundo todo por suas novelas, atores, produções e "top" no quesito dublagem, exporta é o que mostra pobreza, drogas e violência? Não vejo honra alguma em mostrarmos para o mundo uma história que já começa errada, pois Sandro, o seqüestrador, foi vitíma da chacina da Cadelária, e termina pior ainda como uma operação desastrosa dos policiais batalhão de operações especiais (BOPE) que além de matarem a jovem e inocente refém, sufocaram o Sandro, e para piorar, na frente das camêras.
Será que temos que relembrar esse evento trágico tendo tantas coisas boas para enaltecermos em nossos filmes? Será que além de todas as notícias que vemos, lemos e ouvimos também temos que ter essas imagens no cinema?
A única certeza é que boa percela disso é culpa nossa, frequentadores dos cinemas, que só vamos ver filme nacional se for nesse molde (vide o sucesso de "Tropa de elite"), se não tiver tiros, sangue, saco na cabeça entre outras atrocidades, preferimos nos fantasiar de bruxo para irmos à pré-estréia de "Harry Potter"!

Falta de assunto?


Gostaria, sinceramente, de saber a utilidade pública do quadro do "Fantástico", programa global das noites dominicais, que mostra jovens problemáticos ingleses, norte americanos entre outros,sendo tratados de suas manhas, ou seja, alga que não tem nada a ver com o Brasil!
Honestamente, acho que pouco interessa a mim e à sociedade os problemas e traumas de crianças e adolescentes de outros países e como eles serão contornados, pois além de cada caso ser um caso (se você tem um problema paracido em casa, não conseguirá resolvê-lo apenas vendo as dicas dos psicólogos pela televisão), nós, brasileiros já temos problemas demais em nossas cabeças para nos preocuparmos com os filhos dos outros.
Enquanto um programa de grande visibilidade como esse perde alguns preciosos e caros minutos mostrando esse tipo de reportagem, porque não apresenta os problemas enfrentados pelos jovens brasileiros que não têm escolas decentes para estudar, que são obrigados a trabalhar em condições precárias para ajudar a familía, que sofrem com a ausência do estado, entre outras coisas, que com certeza são mais enriquecedoras ,e poderão mostrar uma solução para o NOSSO país, do que as mal-criações de abastados estrangeiros.

INAUGURADO!

Está inaugurado o blog !"Farofa brasielira" que tentará levar comentários e opiniões sobre notícias atuais (ou não!) para você leitor!!

Seja bem-vindo!