sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tupi or not tupi


Hoje, dia 31/10/2008, andando pelas ruas vejo muitas crianças de preto, e não estavam indo para o movimento pró-democracia, os gliteers e chapéus pontudos acusavam que iam para uma festa de halloween!
E ai vem a pergunta: será que o Brasil, de uma cultura tão rica e interessante, precisa cultuar festas e personagens estrangeiros? Será que não devemos reverenciar caipora, Saci-Pererê, curupira, entre outras “celebridades” de nosso folclore?
A cada dia vemos festas tradicionais brasileiras, como a festa junina, onde escutamos os forrós e lambadas, comemos canjica, paçoca, pé-de-moleque, entres outras iguarias típicas de nosso país, ficando vazias, enquanto festas como as que comemoram o dia de hoje, ou seja, que não tem nada a ver com a nossa cultura, ganhando espaço em nossa sociedade.
Temos que exaltar o Brasil em nossas escolas com festividades onde se mostre desde o boto cor-de-rosa até o boi-bumbá e deixar de lado fantasias de bruxas e abóboras.

VIVA A CULTURA NACIONAL
VIVA O BRASIL

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Prefeito novo e, rezar para um Rio de cara nova


Bem, tivemos no domingo, dia 26/10, as eleições do segundo turno em muitos municípios brasileiros. Aqui no Rio de Janeiro, a vitória foi de Eduardo Paes (PMDB), da coligação “unidos pelo Rio” (PMDB/PTB/PP/PSL), na talvez menor diferença de uma eleição, apenas 1,66%. Mas, ao mesmo tempo, o Rio, no segundo turno de 2008, teve a vergonhosa segunda colocação em termos de abstenção, 20,25%, perdendo apenas para São Luis do Maranhão, que teve em torno 21%. E, na minha modéstia opinião, esse percentual se deve em parte ao feriado de segunda-feira, ou seja, o carioca, que já tem fama de preguiçoso e vagabundo, trocou o voto pelo dia de praia e sol e outros lugares que não a nossa cidade!
Mas, uma coisa não se pode negar, é que em momento algum a eleição deixou de ser democrática, pois, por mais que forças políticas tentassem desarticular a votação no Rio de Janeiro, como a antecipação de um feriado, só não votou quem não quis. Viajar é uma opção de cada um, e algumas pessoas, que se dizem cariocas (não podemos considerá-las a partir do momento que ‘lavaram as mãos’ para um ato de suma importância, que é o de votar), resolveram simplesmente deixar que quem ficasse na cidade decidisse por elas o futuro do Rio. Não há como afirmar se, caso os 900 mil eleitores votassem, isso iria mudar o resultado final. Lógico que apoiadores do Gabeira dirão que sim, enquanto os de Eduardo Paes, não, mas essa briga tem que ser superada e agora é olhar para frente.
O que nos resta, gostando ou não do vencedor, é torcer para que sua gestão seja boa para o Rio e fazer nosso papel de cidadão, que é o de cobrar o prometido durante a campanha. E, para você leitor, aí vai uma ajuda: copie o endereço a seguir em seu navegador [http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2008/mat/2008/10/26/as_principais_promessas_feitas_por_eduardo_paes_durante_campanha-586132651.asp.]imprima, guarde, cobre e, assim, faça do Rio de Janeiro uma cidade bem melhor!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

E mais um final (in)esperado...


Convivemos semana passada com a angústia e tensão do maior seqüestro em cárcere privado do Brasil, o caso da menina Eloá, e, para variar, o final foi mais uma vez trágico.
Há cerca de um ano, o filme “Tropa de elite” foi um sucesso e um dos temas centrais do longa era a rigidez dos testes aos que os policiais eram submetidos para ingressar no BOPE. Quem viu a produção pensou que talvez aquela fosse a polícia mais preparada que poderia haver. No entanto, no caso do ônibus 174, o que se viu foi um desastre, onde o término foi a morte da refém por um integrante do BOPE e, depois, do próprio seqüestrador, também morto pelos policiais deste grupo especial.
No último dia 13, em São Paulo, um jovem de 22 anos chamado Lindemberg invadiu uma casa e fez duas meninas de 15 reféns. Na terça-feira, em troca de ter a luz elétrica do prédio onde mantinha o cárcere, libertou umas delas, a jovem Nayara, e pasmem, a polícia coloca a refém dentro do apartamento na quinta-feira (talvez o Brasil seja o único lugar do mundo onde uma refém após ser libertada volte ao cativeiro, e com o total apoio da polícia). Na sexta, o seqüestro tem um fim, e você deve ter ficado aliviado com a notícia, sem saber o que vinha depois: as duas meninas foram feridas e uma delas fatalmente, em uma operação desastrada do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais).
O crime durou cinco dias, nesses com constantes aparições na janela, inclusive de Lindemberg, com contatos com o exterior do apartamento para pegar comida e, como o rapaz não era biônico, acredito que com noites de sono dos que estavam lá dentro. E a polícia, o que fez durante tanto tempo e tantas oportunidades? NADA!
Não consigo entender porque tanto treinamento, disciplina e táticas especiais para um final patético como o que houve, em que eles não conseguiram nem prever que talvez houvesse uma barricada atrás da porta, onde um policial demorou um bom tempo para subir uma escada e quase não consegue entrar pela janela. Para completar o circo, não conseguiram tirar as reféns sãs e salvas.
Talvez todo o nervosismo da população fosse justificado. Prevíamos talvez o que aconteceria; sabíamos que se não contássemos com a boa vontade de Lindemberg e dependêssemos unicamente da estratégia da polícia e do GATE, o final era anunciado.
Esperamos que esse caso sirva de aprendizado, e que eles aprendam rápido, porque não queremos mais vidas em jogo!
Ás vezes, o destino é realmente irônico tanto quanto cruel. Minutos antes de publicar esse texto, soube que o pai de Eloá é um foragido da polícia, por ser acusado de assaltos e homicídios enquanto integrava uma milícia em Maceió. É, caro leitor, como as coisas acontecem...